À
beira do caminho é lugar de derrota e não de vitória
Mc 10:46-52
Nesta passagem temos um
cego que era cego, mas que queria ver, ao contrário de muitas pessoas que
vêem, mas querem continuar cegas. Como nós vemos pelo relato Bíblico, quando se
trata de um querer sincero em crer na Pessoa de Jesus, aquilo que possa parecer
impossível torna-se realidade.
A história deste cego nos dá várias lições.
A Primeira lição: Para termos motivação para sairmos de uma situação má para uma outra
melhor, isso depende daquilo que nós ouvimos (v. 47).
Este cego tinha ouvido dizer que Jesus ia a passar.
O que ele ouviu foi fundamental para ele. Ele não quis perder a preciosa
ocasião de ter Jesus mesmo ali ao pé, para lhe pedir aquilo que era o seu maior
desejo: o de poder ver.
Ele apenas desejava ver, mas por causa da sua fé em
Jesus, acabou por receber bem mais que a cura da sua vista, como também, a cura
da sua alma.
A Segunda lição: Certas ocasiões ou oportunidades em nossa vida são únicas e
irrepetíveis, por isso devem ser bem aproveitadas, sem nunca se desperdiçarem.
Deus dá ao Homem no mínimo, uma oportunidade para
que seja salvo, porventura pode dar mais do que uma. Não devemos brincar com as
oportunidades que Deus nos dá porque pode ser a única ou a última, e depois não
tornaremos a ter nova chance de salvação.
A Bíblia fala de pessoas que souberam aproveitar a
oportunidade dada por Deus, e também fala de outros que não fizeram o
mesmo, e o seu fim foi terrível.
No verso 33 diz que Jesus ia a caminho de Jerusalém
onde iria ser morto. Este cego não ia ter uma segunda oportunidade de Jesus
passar por ali. Foi a última vez que Jesus passou por ali.
Ele poderia ter pensado que havia ali muita gente e
que Jesus nem sequer o iria ouvir no meio daquela multidão, muito menos dar
importância a um mendigo cego.
Poderia pensar ainda que talvez fosse melhor esperar
uma outra oportunidade mais favorável, quando houvesse menos gente ou menos
barulho… Mas ele não fez isso, porque ele não ia ter uma outra oportunidade.
A Terceira lição: Não basta dizer preciso, é necessário querer.
Este cego precisava de Jesus, mas era necessário ele
querer. Precisar apenas não basta. Todos precisam de Jesus, mas nem todos
querem Jesus e a Sua ajuda.
A razão disto reside numa coisa muito simples. Os
Homens tem consciência de que ao se aproximarem de Jesus algo irá mudar na sua
vida.
Logo que Jesus chamou aquele cego, ele se
desembaraçou da sua capa e correu para Jesus. Depois de curado, aquele homem
começou a seguir Jesus.
Esta capa deste cego ilustra e fala de tantas
coisas que o Homem transporta consigo, mas que deve ficar para trás logo que
Jesus o chama, começando pelo seu pecado.
Quando Jesus nos chama e nos abre os olhos, a nossa
vida precisa ser mudada radicalmente, sendo preciso assumir novas
responsabilidades.
Ser liberto das trevas implica que devemos seguir a
luz. Por esta razão é que muitos apesar de precisarem, não querem a ajuda de
Jesus, preferindo antes os prazeres, mesmo que momentâneos que a sua vida lhes
dá, desperdiçando a oportunidade de gozar um maior e melhor prazer que Cristo
lhes pode dar e que é para sempre.
A Quarta lição: Onde estava este cego? Como diz a passagem: “Na beira do caminho”
Estar à beira do caminho, em muitas situações é
terrível. Este homem encontrava-se na beira do caminho devido a ser cego e
mendigo. Era uma das situações mais terríveis para o ser humano. Não era só o
fato de ser cego.
Ele poderia ser cego mas em compensação ser rico. Mas
para além de cego, ele era mendigo. Por isso ele vivia todos os dias na beira
daquele caminho mendigando. A beira do caminho não é o lugar que Jesus quer que
você viva. Jesus não quer que alguém fique nesse lugar.
A beira do caminho é lugar de derrota e não de vitória.
A beira do caminho é lugar de perigo, é lugar onde
ficam os fracos. Porque quando estamos fracos tendemos a andar e parar na beira
do caminho, e é aí que desfalecemos, perdemos o senso do que é correto. Por
isso precisamos evitar parar ou ficar na beira do caminho, ainda que por vezes
nos pareça necessário ou inevitável.
A beira do caminho é lugar de exclusão.
O cego era por força da sua condição um dos
excluídos da sociedade, um marginalizado que estava obrigado a viver à beira do
caminho dependendo da caridade dos outros.
Imaginemos a vida daquele cego. Todos os dias
sentado naquele mesmo lugar. As pessoas iam e vinham e ele ali parado no mesmo
lugar todo o “santo” dia.
Quem está na beira do caminho não anda; apenas
percebe os outros passando por ele.
Há crentes que se encontram sempre no mesmo lugar.
Já é bom quando lá os vemos, mas como seria diferente se em vez de ficarem ali
inativos na beira do caminho, começassem a andar.
Se algum de nós aqui tem vivido nesta situação, que
possa perceber o que o cego Bartimeu também percebeu; que há lugar muito
melhor. Jesus estava passando e Bartimeu percebeu que era hora de mudar a sua
vida, e que não dava mais para continuar assim.
Então, nesta noite tome a atitude de Bartimeu e saia
da beira do caminho, pois da mesma forma que Jesus mudou a história daquele
cego, também quer mudar a tua.
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