Três regiões da Somália foram declaradas, nesta quarta-feira, pelas Nações Unidas como zonas de fome.Trata-se da capital Mogadíscio, o corredor de Afgoye e a Média Shabelle, que chegaram ao nível mais grave da crise alimentar que afecta a região do Corno de África.
De acordo com o Coordenador Humanitário da ONU na Somália, Mark Bowden, o anúncio confirma a preocupação das Nações Unidas com a crescente gravidade da situação na Somália.
Milícias
No mês passado, a organização declarou fome nas áreas de Bakool e Baixa Shabelle, no sul e controladas pelas milícias da al-Shabab. Na região estão concentrados 2,8 milhões, dos 3,7 milhões de necessitados do país.
O número de vítimas corresponde a 63 % da população da região.
Em declarações a jornalistas, em Nova Iorque, o porta-voz do Secretário-Geral, Martin Nesirky, citou o coordenador, afirmando que o cenário sublinha a necessidade de aumento das acções de apoio ao país.
Seriedade
De acordo com o porta-voz, o anúncio confirma igualmente a seriedade do problema de desalojados internos na capital, que requerem uma resposta imediata e concertada.
Ele acrescentou que a declaração da fome na capital reflete o grande fluxo de pessoas ocorrido nos últimos dois meses.
Entretanto, nesta quarta-feira, a União Africana anunciou o adiamento por duas semanas de uma conferência para arrecadar fundos para o auxílio humanitário na Somália e do Corno de África.
A ONU estima que em todo o país, 3,2 milhões precisam de auxílio urgente para sobreviver.
Fonte: http://www.mcmpovos.com.br
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