sexta-feira, 20 de julho de 2012

À beira do caminho é lugar de derrota e não de vitória
 Mc 10:46-52
Nesta passagem temos um cego que era  cego, mas que queria ver, ao contrário de muitas pessoas que vêem, mas querem continuar cegas. Como nós vemos pelo relato Bíblico, quando se trata de um querer sincero em crer na Pessoa de Jesus, aquilo que possa parecer impossível torna-se realidade.
A história deste cego nos dá várias lições.
A Primeira lição: Para termos motivação para sairmos de uma situação má para uma outra melhor, isso depende daquilo que nós ouvimos (v. 47).
Este cego tinha ouvido dizer que Jesus ia a passar. O que ele ouviu foi fundamental para ele. Ele não quis perder a preciosa ocasião de ter Jesus mesmo ali ao pé, para lhe pedir aquilo que era o seu maior desejo: o de poder ver.
Ele apenas desejava ver, mas por causa da sua fé em Jesus, acabou por receber bem mais que a cura da sua vista, como também, a cura da sua alma.
A Segunda lição: Certas ocasiões ou oportunidades em nossa vida são únicas e irrepetíveis, por isso devem ser bem aproveitadas, sem nunca se desperdiçarem.
Deus dá ao Homem no mínimo, uma oportunidade para que seja salvo, porventura pode dar mais do que uma. Não devemos brincar com as oportunidades que Deus nos dá porque pode ser a única ou a última, e depois não tornaremos a ter nova chance de salvação.
A Bíblia fala de pessoas que souberam aproveitar a oportunidade dada por Deus, e também fala de outros que não  fizeram o mesmo, e o seu fim foi terrível.
No verso 33 diz que Jesus ia a caminho de Jerusalém onde iria ser morto. Este cego não ia ter uma segunda oportunidade de Jesus passar por ali. Foi a última vez que Jesus passou por ali.
Ele poderia ter pensado que havia ali muita gente e que Jesus nem sequer o iria ouvir no meio daquela multidão, muito menos dar importância a um mendigo cego.
Poderia pensar ainda que talvez fosse melhor esperar uma outra oportunidade mais favorável, quando houvesse menos gente ou menos barulho… Mas ele não fez isso, porque ele não ia ter uma outra oportunidade.
A Terceira lição: Não basta dizer preciso, é necessário querer.
Este cego precisava de Jesus, mas era necessário ele querer. Precisar apenas não basta. Todos precisam de Jesus, mas nem todos querem Jesus e a Sua ajuda.
A razão disto reside numa coisa muito simples. Os Homens tem consciência de que ao se aproximarem de Jesus algo irá mudar na sua vida.
Logo que Jesus chamou aquele cego, ele se desembaraçou da sua capa e correu para Jesus. Depois de curado, aquele homem começou a seguir Jesus.
Esta capa deste cego ilustra e fala de tantas coisas que o Homem transporta consigo, mas que deve ficar para trás logo que Jesus o chama, começando pelo seu pecado.
Quando Jesus nos chama e nos abre os olhos, a nossa vida precisa ser mudada radicalmente, sendo preciso assumir novas responsabilidades.
Ser liberto das trevas implica que devemos seguir a luz. Por esta razão é que muitos apesar de precisarem, não querem a ajuda de Jesus, preferindo antes os prazeres, mesmo que momentâneos que a sua vida lhes dá, desperdiçando a oportunidade de gozar um maior e melhor prazer que Cristo lhes pode dar e que é para sempre.
A Quarta lição: Onde estava este cego?  Como diz a passagem: “Na beira do caminho”
Estar à beira do caminho, em muitas situações é terrível. Este homem encontrava-se na beira do caminho devido a ser cego e mendigo. Era uma das situações mais terríveis para o ser humano. Não era só o fato de ser cego.
Ele poderia ser cego mas em compensação ser rico. Mas para além de cego, ele era mendigo. Por isso ele vivia todos os dias na beira daquele caminho mendigando. A beira do caminho não é o lugar que Jesus quer que você viva. Jesus não quer que alguém fique nesse lugar.
A beira do caminho é lugar de derrota e não de vitória.
A beira do caminho é lugar de perigo, é lugar onde ficam os fracos. Porque quando estamos fracos tendemos a andar e parar na beira do caminho, e é aí que desfalecemos, perdemos o senso do que é correto. Por isso precisamos evitar parar ou ficar na beira do caminho, ainda que por vezes nos pareça necessário ou inevitável.
A beira do caminho é lugar de exclusão.
O cego era por força da sua condição um dos excluídos da sociedade, um marginalizado que estava obrigado a viver à beira do caminho dependendo da caridade dos outros.
Imaginemos a vida daquele cego. Todos os dias sentado naquele mesmo lugar. As pessoas iam e vinham e ele ali parado no mesmo lugar todo o “santo” dia.
Quem está na beira do caminho não anda; apenas percebe os outros passando por ele.
Há crentes que se encontram sempre no mesmo lugar. Já é bom quando lá os vemos, mas como seria diferente se em vez de ficarem ali inativos na beira do caminho, começassem a andar.  
Se algum de nós aqui tem vivido nesta situação, que possa perceber o que o cego Bartimeu também percebeu; que há lugar muito melhor. Jesus estava passando e Bartimeu percebeu que era hora de mudar a sua vida, e que não dava mais para continuar assim.
Então, nesta noite tome a atitude de Bartimeu e saia da beira do caminho, pois da mesma forma que Jesus mudou a história daquele cego, também quer mudar a tua.

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