quinta-feira, 31 de julho de 2008

A IGREJA ABENÇOADA COM A COMUNHÃO DO ESPÍRITO SANTO

A Palavra de Deus em 2 Coríntios 13.13 , nos fala sobre uma igreja abençoada pelo amor do Pai (provado pela entrega de seu único Filho em nosso lugar) e pela graça do Filho (provado por sua entrega voluntária para a morte), e também nos fala da benção da COMUNHÃO DO ESPÍRITO SANTO.
"Comunhão" no dicionário Houaiss significa "ação de fazer ou ter alguma coisa em comum; sintonia de sentimentos, de modo de pensar, agir ou sentir; identificação."
Na Bíblia temos um significado muito inspirador que passamos a meditar a respeito:
1. A comunhão do E.S. em nós
A comunhão do E.S. em nosso interior provoca uma grande transformação que pode ser resumida em dois grandes movimentos:
• Gera vida - a palavra "espírito" significa sopro, fôlego. Em Gênesis 2.7 Deus soprou sobre o barro o fôlego de vida. Ele é a própria vida de Deus que passa a existir em nosso interior. No domínio da natureza, é papel do Espírito Santo dar vida a todas as criaturas animadas na terra, no céu ou no mar, como está escrito: "Envias o teu Espírito, eles são criados" (Salmo 104.30). E no sentido inverso, se Deus "para si recolhesse o seu espírito e o seu sopro, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó" (Jó 34.14-15). Sem a comunhão do Espírito, sem sua habitação em meu interior, estou morto. Sou como Adão em forma de barro, como um boneco marionete. Mas quando o Espírito Santo vem ter comunhão permanente em mim, tenho verdadeiro fôlego de vida.
• Gera santidade - a palavra "santo" indica sua natureza, ou seja, é natural para ele realizar uma grande obra de nos santificar. Ele nos convence do pecado e suas conseqüências (João 16.8-11). Atitudes, palavras e pensamentos são graciosamente confrontados e influenciados por sua ação interior. O fruto do Espírito (Gálatas 5.22, 23) é gerado por causa dessa comunhão: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Aquilo que você em nós passamos a parecer com o caráter de Cristo reflete a comunhão do Espírito em nosso interior.
2. A comunhão do E.S. através de nós
A comunhão do E.S. extrapola nosso interior e exala para o ambiente externo. Sua influência cresce poderosamente e não pode ser contida. Podemos também identificar dois grandes movimentos:
• Gera compaixão: o Espírito Santo move profunda compaixão em nosso coração para a mobilização na direção do próximo. Percebemos isso em Jesus (Mateus 9.35-38). A compaixão deve preceder o dom. Pouca compaixão, poucos dons. Muita compaixão, muitos dons.
• Gera ação: O Espírito Santo nos capacita para a obra tendo em vista o serviço (1 Coríntios 12.7). O dom visa o benefício do outro. Não recebo dons do Espírito através de sua comunhão para meu benefício próprio. Meu benefício depende dos dons que Deus derrama sobre você. É assim que ele decidiu fazer.
Aquilo que passamos a servir na prática é fruto do reflexo que a comunhão do Espírito que quer se espalhar em nosso meio.
3. A comunhão do E.S. apesar de nós
Mesmo sabendo como é grande a benção da comunhão do Espírito Santo em nós e através de nós, podemos resisti-lo (Atos 7.35; Salmo 78.56) e entristecê-lo (Efésios 4.30), ou mesmo provocá-lo (Hebreus 3.9) e desprezá-lo (Hb 10.29) como que querendo eliminá-lo (1 Tessalonicenses 5.19) e limitar sua ação (Mateus 13.58). Quanta coisa terrível.
Apesar de nós, o E.S. nos ajuda em nossas fraquezas e intercede por nós (Romanos 8.26, 27).
Portanto, o Espírito Santo está presente em nossas vidas. Vamos usufruir de sua amizade e intimidade. Vamos nos entregar a Ele cada dia mais. Vamos usufruir dessa grande benção que é ter tudo em comum com ele.

A IGREJA QUE CRESCE
A igreja que cresce é a igreja cheia do Espírito Santo, com base em Atos 2. Desde que o Espírito Santo foi enviado no dia de Pentecoste, ele está presente na comunhão do povo de Deus e atuando no mundo através desse povo. Mas, podemos entristecer (Efésios 4.30), resistir (Atos 7.51) e até mesmo apagar (1 Tessalonicenses 5.19) o Espírito. Daí, a necessidade de obediência à ordem "enchei-vos do Espírito", cultivando atitudes permanentes de louvor, de gratidão e de submissão aos irmãos no temor de Cristo (Efésios 5.18-21).
1. A igreja que cresce é cheia do Espírito porque causa impacto no mundo com a sua presença - Diante da evidência da realidade celestial na vida da igreja (Atos 2.1-13), o mundo reage com zombaria (estão bêbados) ou com perguntas sobre o significado do que está acontecendo (o que quer isto dizer?). O testemunho é, então, resposta às perguntas que são feitas à igreja (Atos 2.14-15).Esse impacto deve ser sentido hoje através da presença dos cristãos nas diversas áreas da sociedade.
2. A igreja que cresce é cheia do Espírito porque em resposta às indagações do mundo ela anuncia, de maneira eficaz, a Jesus como Salvador e Senhor - O ministério, morte, ressurreição e ascensão de Jesus são apresentados como cumprimento das profecias e como fatos históricos incontestáveis (Atos 2.14-36). A este Jesus rejeitado e crucificado pelos homens, "Deus o fez Senhor e Cristo". A mensagem clara e precisa atinge os corações como flecha e provoca reação positiva de grande número de ouvintes (Atos 2.37).
3. A igreja que cresce é cheia do Espírito porque gera compromisso naqueles que são alcançados - À pergunta "que faremos, irmãos?", Pedro responde de maneira precisa e indica o arrependimento e o batismo como condições para o perdão dos pecados e para que recebam também o Espírito Santo e tenham a mesma experiência celestial (Atos 2.37-39). Resultado: os que aceitam a palavra são batizados e quase 3000 pessoas são acrescentadas à comunhão da igreja (Atos 2.41).
Portanto, sejamos dignos herdeiros desse movimento do Espírito que foi desencadeado a partir daquela reunião no cômodo de uma residência (cenáculo), mas que extravasou para as ruas, atingiu os lares, impactou o império romano, foi vitorioso nas perseguições, libertou-se de corpos estranhos que nele se infiltraram, chegou até nós e deve prosseguir até que o evangelho alcance todas as nações antes da volta de Jesus.

A IGREJA CHEIA DE PODER (Atos 3.1-26; 4:1-4)
Falar sobre a igreja é falar sobre você e eu, é falar sobre sobre a história que começou há mais de 2000 anos com Jesus, de um projeto muito especial chamado Igreja, para cumprir uma missão muito especial de mudar a história da humanidade, levando as boas-novas da salvação a todas as pessoas do mundo.
Atos 3.1-26 e Atos 4.1-4 são os textos bíblicos de nossa meditação, onde está relatado o testemunho de Pedro e João, quando ambos foram usados por Deus com poder, pois a igreja de Atos estava cheia de poder.
E nós, estamos cheios do poder de Deus em nossas vidas? Temos transbordado esse poder na vida de outras pessoas? Estamos marcando a nossa geração com esse poder? São perguntas que precisam ser respondidas por cada um de nós.
Você pode estar pensando: "Pastor esse poder era para a época dos apóstolos!" ou "Esse poder era apenas figurativo!" Não foi isso que Jesus nos disse: "Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo..." (Atos 1.8). Queremos a partir dessas ponderações, buscar na palavra de Deus, princípios para as nossas vidas que nos ajudarão no crescimento de nossa igreja, conseqüentemente o nosso crescimento.
I - A igreja cheia de poder ministra cura na vida das pessoas (3.1-6) - Ao recebermos o Espírito Santo fomos revestidos de poder. Poder significa dínamus, que dá origem entre outras palavras a dinamite (explosivo, impactante, transformador). Que significa isso? Que somos cheios de poder para impactar a vida das pessoas.
Há alguns versículos que precisam ser lidos nesta reflexão: Isaías 61.1, onde diz que fomos enviados para curar os quebrantados de coração; Mateus 4.23 onde encontramos Jesus curando toda sorte de doenças; Mateus 10.1 quando Jesus delega autoridade aos seus discípulos para curar as pessoas. E João 14.12 onde temos a prova de que podemos ministrar cura na vida das pessoas como Jesus e os apóstolos fizeram.
Algo que precisa ser ressaltado nesta meditação é que estamos inseridos em uma sociedade que está doente. As famílias estão doentes. As estruturas políticas de nossa nação e de quase todos os países do mundo estão doentes devido aos rumores de guerra e denúncias de corrupção (com isso, não queremos fazer uma crítica, mas apenas uma constatação). Além disso, há pessoas padecendo de enfermidades físicas, emocionais e espirituais. Hoje os gabinetes pastorais, consultórios e clínicas psicológicas estão abarrotados de pessoas que estão doentes. O mundo precisa de cura! E quem vai ministrar cura a essas pessoas? A igreja cheia de poder.
Lendo Atos 3.1-6 vemos o encontro de Pedro e João com uma pessoa que precisava da cura de Deus. Neste caso era uma cura física, mas poderia ser um problema emocional, uma cura da alma ou da espiritualidade daquela pessoa. Pedro e João poderiam se omitir e fazer de conta que não viram aquele pedinte. No v.4 Pedro e João olharam para ele. Fica uma orientação pastoral para a sua vida: Comece a olhar para as pessoas ao seu redor que precisam da cura de Deus.
Esse poder que estamos falando não vem de nós mesmos, vem de Jesus. Por isso, Pedro diz no v.6 que o que ele tem, daria àquele mendigo aleijado: "Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande". Infelizmente a igreja evangélica em geral tem vivido uma proposta de cristianismo onde cada um olha apenas para as suas necessidades. Não podemos nos esquecer que fomos chamados por Deus para ministrar cura na vida das pessoas, uma cura integral (1 Tessalonicenses 5.23). Uma igreja cheia de poder ministra através do seu testemunho, em casa, no trabalho, ministra as pessoas que precisam de Deus.
II- A igreja cheia de poder anuncia a mensagem da salvação com ousadia (3.11-16) -
Muitas vezes ficamos cheios de reticências com o que os outros vão pensar se pregarmos sobre Jesus para as pessoas. Se nos pedirem para orar por um enfermo, muitas vezes temos medo. Uma igreja e um cristão que não pregam a mensagem da salvação com ousadia estão na realidade afirmando que sentem vergonha, ou têm medo de pregar sobre Jesus trazendo conseqüências sobre si (Lucas 12.8-9).
Em Atos 3.1 Pedro e João estavam indo para o templo para a hora da oração. Talvez eles nem imaginassem que se deparariam com esse desdobramento, mas eles foram ousados.O testemunho de Pedro e João, enfim da igreja do Novo Testamento, nos inspira pela ousadia deles. Eles foram ousados em curar aquele mendigo aleijado, que ao ser curado, entrou no pátio do templo saltando e louvando a Deus (vv.7-8).
Mas não foi só isso. O v.11 diz que todo o povo correu até eles. Imagine a repercussão! Aquele mendigo aleijado, que todos os dias estava à porta do pátio do templo pedindo esmolas, estava agora em pé, saltando e louvando a Deus. Se lermos o v.11 do capítulo 3 até o final do capítulo 4 vamos perceber que Pedro e João também pregaram a mensagem da salvação com ousadia. Eles pregaram para o mendigo (vv.1-6); para todo o povo (vv.11-26) e também para os sacerdotes e religiosos (48.12).
Tem muito cristão que diz não ter ousadia ou vontade de pregar a mensagem da salvação, mas tem ousadia para muitas outras coisas. Em falar palavras de baixo calão, trapacear nos negócios, humilhar pessoas, no trânsito da cidade, em falar do time do coração e etc... Muitas vezes temos ousadia para tantas coisas, mas com este testemunho de Pedro e João conclamamos a igreja a ser ousada em anunciar a mensagem da salvação. Não por que seja um pedido nosso, mas porque a Palavra de Deus nos pede isso, através de exortações e testemunhos de outros cristãos (Marcos 16.15; Atos 4.31; Atos 9.27; 1 Coríntios 9.16; Efésios 6.20; 2 Timóteo 4.2).
III - A igreja cheia de poder inspira as pessoas a se comprometerem com Deus (4.4) - A igreja de Jesus é formada por pessoas de todas as tribos, povos e raças, que confessaram a Jesus como seu único Senhor e Salvador, que creram na sua morte e ressurreição. De uma forma muito simples, são pessoas que assumiram um compromisso com Deus crendo na mensagem da salvação (Jesus). Você já fez isso?
Em Atos 4.4 está escrito o seguinte: "Mas muitos dos que tinham ouvido a mensagem creram, chegando o número dos que creram a perto de 5 mil". O que levou aquelas pessoas que estavam ouvindo Pedro e João a se comprometerem com Deus? Será que foi a excelente equipe de recepção, o ótimo grupo de louvor, a fantástica oratória dos pregadores, o templo confortável, com amplo estacionamento e dotado de uma boa equipe de segurança? Nem de longe isso foi o que levou aquelas pessoas a se decidirem por Cristo, a se comprometerem com o reino de Deus, mas sim, o testemunho de cristãos cheios do poder de Deus (Atos 1.8; 1.22; 2.47; 4.33; 5.14).
Desde a descida do Espírito Santo em Pentecostes (Atos 2.1-4), pessoas foram inspiradas pela igreja cheia de poder de Deus a se comprometer com ele (Atos 2.40; 47; 4.4).
Fica evidente no testemunho de Pedro e João que a vida deles transbordava tanto poder de Deus, a vida da igreja em si transpirava poder de Deus, que inspirava a cada dia mais e mais pessoas a se decidirem por Cristo. Atos 4.4 é apenas um relato de uma realidade impressionante de poder e testemunho. Pois após ministrarem a cura de Deus, após pregarem com ousadia a mensagem da salvação, enfrentando todas aquelas pessoas e até a prisão, muitos dos que ouviram a mensagem creram e se comprometeram com Deus. Na prática isso é levar pessoas para Jesus, Você quer fazer isso? Então, mãos a obras!
Ao terminarmos meditação só podemos dizer uma coisa: Deus nos revestiu de poder para marcar nossa geração, para levar pessoas a uma decisão pessoal por Jesus. E isso precisa começar em nossa casa. Quando falamos de uma igreja cheia de poder, estamos afirmando que a nossa casa precisa ser cheia do poder de Deus, que as nossas vidas devem ser cheias do poder de Deus.

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