CONTRIÇÃO

Salmos 51
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus”(verso 17).
Davi sabia que Deus não rejeita um coração quebrantado e contrito.
Por isso, quando exortado pelo profeta Natã, diante do horrível pecado que cometera (II Samuel 12:1-9), caiu em profunda contrição.
Contrição vem do latim “contritione”, 1.Estado de contrito. 2. Teologia: Arrependimento ou dor profunda de ter ofendido a Deus, com firme propósito de nao mais pecar. 3.Ato de contrição. 4.Arrependimento, pesar.
Na experiência de Davi, contrição envolve o assumir de nossa real condição de pecadores (Sl 51.5: “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe”).
Quer dizer, eu sou pecador, minha tendência é fugir de Ti, e viver longe de Ti, Senhor. É fazer o que é mal, me esconder e me auto-justificar.
Tendo-me a proteger, buscar agradar o meu próprio coração com coisas ilícitas, gratificar o meu ser com coisas ocultas. Por isso, Davi deixa de fugir e confessa: “pequei contra ti”.
A contrição exige a confissão de pecados diante de um Deus cheio de amor. O contrito não precisa mais de justiça própria, ou de religiosidade aparente.
A verdadeira contrição expressa em confissão o escuro da alma, e apela sim, pela bondade e misericórdia de Deus: “tem misericórdia de mim ó Deus”.
O contrito de coração reconhece sua finitude, suas incoerências, mas reconhece também, que o Deus revelado nas Escrituras, é um Deus misericordioso.
Pecadores contritos e confessos podem receber misericórdia.
Observamos também, na experiência de Davi, que, a verdadeira contrição envolve a busca da verdade no íntimo.
É mais do que estar legal diante da sociedade, tomar banho e por roupa limpa: “Eis que te comprazes com a verdade no íntimo”.
Será que Deus se contentará com palavras, em vez de desejos sinceros; com “poses” ou posturas externas, em vez de intenções; com a letra, em vez do espírito? É absurdo, infantil mesmo, da nossa parte, tratar o Senhor como se fosse Ele a criança, o menor de espírito, e não nós!
É absurdo considera-lO como alguém que se deixa “levar” por políticas de fachada!
Contrição é o verdadeiro caminho para a libertação. Liberdade de ser feliz: “restitui-me a alegria da salvação”.
Liberdade para louvar, liberdade para amar, liberdade para ser uma bênção.
Contrição faz parte das disciplinas espirituais.
Não deixe que a tragédia da aparência e da superficialidade roube de você o privilégio de se dobrar, se arrepender, estar contrito em oração diante de Deus.
Tome a decisão, ainda hoje, de retomar a prática dessas disciplinas maravilhosas para o seu crescimento, para o seu benefício, para a sua vida, para os seus negócios e para o seu viver cristão.
É aí que experimentamos a verdadeira libertação e crescimento.