segunda-feira, 12 de outubro de 2009

TESTES DE DEUS (Gn 22.1-19)
Percebi uma frase que me chamou a atenção que diz assim: Quando você é criança o tempo arrasta. Quando você é jovem o tempo anda. Quando você é adulto o tempo corre. Quando você é velho o tempo voa.
Você nunca é velho demais para enfrentar novos testes, lutar novas batalhas e aprender novas verdades. Quando nós paramos de aprender, nós paramos de crescer; e quando nós paramos de crescer, nós paramos de viver.
Gênesis 22 nos mostra o maior de todos os testes que Abraão enfrentou. Pela fé ele triunfou e pode nos ensinar como passar pelos testes. Assim como Abraão, precisamos entender que:
I. Devemos esperar testes da parte de Deus – v. 1-2
Nem toda situação difícil que vivemos é um teste de Deus. Às vezes sofremos por causa do nosso próprio pecado. Abraão sofreu no Egito e em Gerar por seu próprio pecado. Quando falo aqui de teste, estou falando de provas. Mas os testes, as provas enviadas por Deus são para o nosso bem (Tg 1:2-4).
Precisamos distinguir entre provação e tentação. As tentações vem dos desejos pecaminosos que estão dentro de nós (Tg 1:12-16), enquanto as provações vem do Senhor.
As tentações são usadas pelo diabo para arrancar o pior que está em nós; as provações são usadas por Deus para levar-nos ao melhor.
Muitas vezes, as tentações parecem lógicas e as provações sem sentido: Por que esperaria Abraão 25 anos por um filho? Por que daria Deus um filho a Abraão para depois pedir a Abraão para sacrificá-lo num altar?
II. Colocar nossos olhos nas promessas e não nas explicações – v. 3-5
A nossa fé não será realmente testada até que Deus nos peça para suportar o que parece insuportável, a fazer o que parece exagerado e a esperar o que parece impossível.
Se você olhar para Abraão caminhando para Moriá com seu filho Isaque; para José na prisão, para Moisés e Israel defronte do Mar Vermelho, para Davi na caverna ou Jesus no Calvário, a lição é a mesma: Nós vivemos pelas promessas, não pelas explicações.
Considere o pedido de Deus: Isaque era o filho único de Abraão, o filho da promessa em quem descansava o futuro do pacto.
Abraão amava Isaque e tinha construído todo o seu futuro ao redor dele.
Quando Deus pediu Isaque para Abraão, ele estava testando não apenas a sua fé, mas também a sua esperança e o seu amor. Deus parecia tirar tudo o que Abraão amava na vida.
Quando Deus nos envia uma prova a nossa primeira reação é perguntar: por que Deus? Por que comigo? Queremos explicações.
Deus tem razões já expostas em sua Palavra: Purificar a nossa fé (1 Pe 1:6-9); Aperfeiçoar o nosso caráter (Tg 1:2-4); Proteger-nos do pecado (2 Co 12:7-10).
Abraão ouviu a Palavra de Deus e imediatamente a obedeceu pela fé.
Nós sabemos que a vontade de Deus jamais contradiz a promessa de Deus. Abraão já tinha escutado: “Por Isaque será chamada a tua descendência” (Gn 21:12).
Abraão se dispôs a sacrificar o seu filho na certeza de que Deus o ressuscitaria dentre os mortos. Fé não exige explicações; a fé descansa nas promessas.
III. Depender totalmente da provisão de Deus – v. 6-14
Duas expressões revelam a ênfase desta passagem: “Deus proverá para si, o cordeiro para o holocausto” (22:8) e “O Senhor proverá” (22:14). À medida que subia o Monte Moriá Abraão estava seguro de que Deus iria prover a sua necessidade.
Abraão não podia depender dos seus sentimentos – A Bíblia não nos informa em nenhum momento o sofrimento de Abraão, apenas a sua prontidão para obedecer sem discutir e a confiança na provisão divina.
Abrãao não podia depender das pessoas – Sara havia ficado em casa. Os dois servos estavam agora aguardando no campo. Somente Abraão e Isaque caminham rumo a Moriá.
Agradecemos a Deus pelos amigos e família, mas haverá provas que teremos que enfrentar sozinhos, no monte do Senhor. Somente nessas horas podemos experimentar o que Deus pode fazer por nós!
Abraão aprendeu a depender totalmente da promessa e da provisão de Deus – Ele já tinha experimentado o poder da ressurreição de Deus em seu corpo (Rm 4:19-21).
Por isso, ele já sabia que Deus era poderoso para levantar Isaque da morte, se esse fosse o seu plano (Hb 11:19). Não havia registro ainda de ressurreição na história, mas Abraão cria no impossível, via o invisível e tomava posse do intangível.
Quando estivermos no Monte Moriá, nas provas mais profundas, precisamos saber que para Deus não há impossíveis e que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece.
Deus proveu o Cordeiro e um cordeiro tomou o lugar de Isaque (22:13). Assim Abraão descobriu um novo nome para Deus: Jeová-Jiré.
Este nome de Deus nos ajuda a entender algumas verdades sobre a provisão do Senhor: Onde o Senhor provê as nossas necessidades?
Deus provê as nossas necessidades no lugar do seu apontamento. Abraão estava no lugar que Deus mandou. Do jeito que Deus mandou. Na hora que Deus mandou. Por isso Deus proveu para ele.

A estrada da obediência é a porta aberta da provisão. Não temos o direito de esperar a provisão de Deus se não estamos no centro da vontade de Deus.
Quando o Senhor provê as nossas necessidades? – Exatamente quando nós temos a necessidade e não um minuto antes. Do ponto de vista humano isso pode parecer muito tarde, mas Deus nunca chega atrasado. O relógio de Deus não atrasa.
Como o Senhor provê as nossas necessidades? – Por caminhos naturais e também sobrenaturais. Deus não enviou um anjo com um sacrifício, mas mostrou um cordeiro preso pelos chifres.
Abraão só precisava de um cordeiro, por isso, Deus não lhe mostrou um rebanho. Mas ao mesmo tempo, Abraão ouviu a voz de Deus. O natural se mistura com o sobrenatural.
A quem Deus dá a sua provisão? – Para todos aqueles que confiam nele e obedecem as suas instruções. Quando você está onde Deus mandou você estar, fazendo o que Deus mandou você fazer, então você pode esperar a provisão de Deus na sua vida.
Quando a obra de Deus é feita do jeito que Deus manda nunca falta a provisão de Deus. O Senhor não tem obrigação de abençoar as minhas idéias e os meus projetos. Mas Deus é fiel para cumprir as suas promessas.
Por que Deus provê as nossas necessidades? – Para a glória do seu próprio nome. Deus foi glorificado no Monte Moriá, porque Abraão e Isaque fizeram a vontade de Deus.
IV. Olhar para frente, para o que Deus tem para nós – v. 15-19
Existe sempre um fim glorioso depois das provas de Deus. Ele não desperdiça sofrimento. Jó disse: “Mas ele sabe o meu caminho; se ele me provasse, sairia eu como o ouro” (23:10). Abraão recebeu várias bênçãos de Deus por causa da sua obediente fé.
Quando você olha para trás, vê a mão de Deus. Quando você olha para frente, vê a promessa de Deus, então para que temer? Agindo Deus, quem impedirá?
Então eu quero te dizer: olhe pra frente, confie, Deus há de prover o cordeiro para o holocausto!
O que tem sido o seu holocausto? O que tem sido a sua necessidade?

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