A pressa dos nossos dias nos faz prestar pouca atenção a todas as coisas. Quantos de nós lêem jornais mas não vêem todas as noticias... Quantos de nós ouvimos os outros mas nem lembramos do que ele nos falou.. Assim temos vivido.
Quantos de nós esquecemos o que foi pregado no domingo, porque na segunda-feira não nos lembramos de tudo aquilo que nos foi oferecido na mensagem da noite anterior.
O mundo tem pressa e nós estamos seguindo a lei do mundo e nos tornamos apressados em tudo. Oramos e queremos resposta de Deus como numa fração de segundos.
Quando a Bíblia nos fala que Deus é espírito e que as coisas espirituais se discernem espiritualmente, fica bem claro que devemos nos relacionar com o nosso Pai de uma forma muito diferente daquela com que vivíamos e temos vivido no mundo.
O tempo de Deus rege todas as coisas em nossas vidas.
Hoje celebraremos a Ceia, e precisamos observar este momento como um tempo especial com Deus. Um tempo em que o Senhor nos falará ao coração, um tempo em que o sacrifício de Jesus convida a uma nova aliança, no sangue representado pelo vinho – que nos renova de todo pecado, e na carne representada pelo pão, a oferecer-nos uma nova vida.
Toda pressa deve ser deixada de lado e nossa voz deve calar, pois o Senhor de nossas vidas nos falará e oferecerá a sua graça pela celebração do amor de Deus.
Jesus nos diz “Eu sou o pão da vida”, e hoje mais do que nunca devemos lembrar que quando nos alimentamos desse pão na Ceia é esse pão que nos traz vida: a vida de nossa esperança, a vida de nossa fé, a vida dos nossos sonhos, a vida de nossa saúde física e espiritual, a vida de nossa família e dos nossos relacionamentos.
Fazer parte dessa mesa já é um privilégio. Entretanto, é importante que participemos com o coração pleno de muitas certezas, entre as quais, a certeza de que o Senhor está presente no meio do Seu povo, de que o Senhor está de braços abertos e nos convidando “Vinde e eu vos aliviarei...”
Hoje é tempo de uma nova aliança com Cristo.
Dia de abrirmos nossos corações e, antes de tomarmos parte nesse banquete espiritual, rogarmos ao Senhor que faça de nós novas criaturas, e que nos receba em uma nova aliança, lavados pelo Seu sangue e alimentados pelo Seu corpo.
Hoje é tempo de quebrantamento, tempo de nos derramarmos aos pés do Senhor e, de oferecermo-nos inteiramente ao serviço do Reino de Deus. Que nessa noite, ao celebrarmos a Ceia do Senhor, possamos celebrar a oferta do amor do Pai no sacrifício do Filho e, no poder do Espírito a vitória do plano eterno do nosso Salvador.
Abra a sua Bíblia em I Co 11.23-32 para meditarmos nesse texto nesta noite.
Paulo escreveu esta carta na cidade de Éfeso durante a sua terceira viagem missionária, ele escreveu pra corrigir algumas desordens e também para estabelecer para aqueles crentes o modelo verdadeiro de conduta cristã.
A cidade de Corinto era uma das quatro cidades mais importantes do Império Romano, junto com Roma, Antioquia, Éfeso. Era um centro de Comércio, era muito rica e luxuosa, mas também era uma cidade idólatra que tinha um culto a deusa Vênus, um culto cheio de prostituições.
Paulo passou 1 ano e 6 meses evangelizando Corinto durante a sua segunda viagem missionária. E um dos problemas de Paulo em relação a Igreja de Corinto foi em relação a Ceia, porque havia na cidade de Corinto uma festa denominada “Festa Do Amor”, era a festa ágape.
Essa festa tinha como objetivo o amor fraternal entre os irmãos que criam em Jesus. Os mais ricos ajudavam os mais pobres, mas infelizmente o povo distorceu o sentido original dessa festa.
Os irmãos de Corinto estavam abusando da ceia do Senhor. Estava ocorrendo divisões entre eles. Os mais ricos não esperavam os mais pobres para participarem juntos, mas mesmo assim cada um comia o seu próprio alimento nada deixando para os outros inclusive para os pobres.
A ceia não era para ser transformada numa refeição comum, as refeições eram pra ser feitas em casa. A ceia é uma recordação solene da morte do Senhor e merece toda reverência e tempo para meditar sobre o sofrimento e amor de Cristo.
A Ceia é um momento de comunhão. A ceia simboliza viver no pacto de Deus.
A ceia mostra que somos família de Deus, mostra Deus cuidando dos seus filhos. Na ceia desfrutamos da comunhão um dos outros e principalmente da comunhão do Pai.
A festa não apenas nos faz olhar para trás, para o sacrifício de Jesus, mas também nos impulsiona a olhar para frente, com esperança. Ao lembrarmos a sua ressurreição, estamos sempre lembrando que isso é uma promessa da nossa própria ressurreição - e assim anunciamos "a morte do Senhor, até que ele venha". A Ceia é tão importante que Paulo chama-a de “mesa do Senhor”. Ela simboliza o nosso lugar na família de Deus.
O vinho e o pão depois que são consagrados tornam-se alimentos espirituais para nossa vida. Eles são meios de graça para o povo de Deus. O sacrifício de Cristo não foi apenas para nos salvar dos pecados, mas também para nos fortalecer diariamente.
A maior demonstração de amor foi nos dada diante de uma traição, Paulo diz que foi na noite em que foi traído Jesus tomou o pão e o vinho e foi celebrar com seus discípulos.
Enquanto Judas maquinou contra Jesus recebendo 30 moedas, Jesus estava demonstrando um meio de graça para a sua igreja. Judas esquematizou para tirar a vida de Jesus e Jesus esquematizou como dar a vida pela sua Igreja. Judas estava pensando nos seus interesses, Jesus estava pensando em nossa necessidade. Judas ganhou dinheiro, Jesus ganhou a Cruz.
Foi na Cruz onde fomos comprados, quando Jesus disse: Tetelestai, ou seja, Está Consumado! Foi ali que a nossa vida não nos pertenceu mais, nós agora não estamos ao acaso, temos um dono, Jesus Cristo, Yeshua Hamashia, o Deus vivo que nos comprou por um preço muito valioso, com sua própria vida.
Parece uma contradição o que eu vou dizer, mas temos que nos alegrar com o sofrimento de Cristo. Seu sofrimento nos dá alegria, Jesus não foi para a cruz porque Judas traiu, nem porque as autoridades o condenaram. Jesus foi crucificado na cruz porque o Pai o entregou e porque Ele voluntariamente quis chegar até a Cruz por amor a mim e a você.
"Deus nos ama e não abre mão de mim e de você por nada."
Jesus vai a caminho da Cruz com ações de graças, Ele tomou o pão e deu graças, será que você na situação que você está passando, com dificuldades, com preocupações, com lutas, com sofrimento pode dar graças a Deus? Será que você pode agradecer a Deus pelo amor que Ele tem por você?
Hoje é dia de festa, porque o que era maldição Deus transformou em nosso troféu. Foi na Cruz que Ele provou o seu amor, foi na cruz que Ele nos justificou, foi na Cruz que Ele nos trouxe vida, foi na Cruz que Ele morreu para que vivêssemos pra Ele.
Paulo diz que devemos nos examinar.
Devemos nos examinar em vez de ficarmos julgando os outros, essa mesa é mesa de quem crê em Jesus, mesa de vivos, só vivo se alimenta, o morto não come nem bebe. E só está vivo quem está em Cristo!
Paulo diz que aquele que comer ou beber o vinho indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Mas quem é digno? Sabemos que ninguém é digno! Se você se acha digno, você não tem parte nessa mesa. Nessa mesa só existe uma pessoa digna, é o Senhor Jesus!
Mas a palavra indignamente, diz respeito ao modo de participar. Quem não leva a sério esse momento está comendo juízo para si, por que de Deus não se zomba.
A Ceia está aqui pra nos afastarmos do pecado, não deixe o pecado lhe afastar da mesa. Paulo diz que é pra examinarmos e comermos, e não examinarmos e deixar de comer e não comer mais. Se você não quer deixar o pecado então não participe, mas se você está pecando e quer se libertar, você tem parte nessa mesa.
Todos nós somos pecadores, talvez eu peque mais que você, mas todos que participam desse momento tem que ter em seu coração o desejo de agradar a Deus.
Que a nossa vida seja um culto de gratidão a Deus, por fazermos parte do seu povo e pelo privilégio de participarmos da mesa d´Ele.
(Mensagem ministrada pelo Pr. Conde no Culto do dia 02 de Janeiro de 2011 às 20hs - Ceia do Senhor).
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